Uma
equipe de atletas de refugiados disputou nas modalidades de atletismo, natação
e judô pela primeira vez na história das Olimpíadas. Eles não se apresentaram
com as bandeiras de seus países de origem, mas com a do Comitê Olímpico
Internacional (COI). A
finalidade dessa participação especial nos Jogos Rio 2016 foi chamar a atenção
do mundo esportivo para o problema dos refugiados.
Os
dez integrantes da inédita Equipe Olímpica de Atletas Refugiados tiveram de
deixar seus países devido às consequências de guerras e crises humanitárias e
vivem no Brasil, Alemanha, Quênia, Luxemburgo e Bélgica. A equipe é composta
por dois nadadores sírios, dois judocas congoleses, um maratonista etíope e
cinco corredores sul-sudaneses.
A
Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) é parceira do Comitê Olímpico
Internacional nessa iniciativa. A partir de uma solicitação do COI, a ACNUR identificou refugiados em todo o mundo com experiência esportiva e encaminhou
os nomes à instituição esportiva.
“A
equipe fará o mundo ficar mais consciente da causa do refúgio, mostrando que
todos podem contribuir para a sociedade", afirmou o presidente do COI,
Thomas Bach, durante sessão de apresentação da equipe de refugiados no Rio de
Janeiro.
"A
iniciativa de compor um time de refugiados é um reconhecimento aos desafios
enfrentados por aqueles que precisam recomeçar em outro país. Esses atletas dão
voz aos mais de 60 milhões de refugiados no mundo inteiro, para que continuem
perseguindo seus objetivos, apesar das adversidades", reconhece o
secretário nacional de Justiça e Cidadania do MJC, Gustavo Marrone Sampaio.
"Foi
difícil deixar nossos países. E não escolhemos o nome de refugiados. Estou
contente por ser parte deste time e por representar mais de 60 milhões de
pessoas, que foram forçadas a se deslocar de suas regiões de origem por causa
de guerras, conflitos e perseguições. Esperamos inspirar novos atletas em todo
o mundo, não apenas refugiados", disse Yusra Mardini, da Síria (Natação, 200 metros livres e borboleta – feminino); vive na
Alemanha;
Eles
não têm casa, não têm mais país, não têm hino, não têm bandeira, mas ao virarem
atletas uma porta se abriu para eles nessa Olimpíada, embora a presença deles
no Rio tenha pouco a ver com o esporte, e mais algo simbólico, político.
O
Comitê Olímpico Internacional viu uma oportunidade de fazer um gesto
humanitário, que mostrasse um lado positivo do esporte. Apenas um, da delegação
total de dez atletas, teria índice para participar dos jogos. Pela chegada
deles, cercados por tantos jornalistas, isso foi um sucesso. Como refugiados,
eles foram sempre ignorados. Como atletas olímpicos, eles vão receber, pelo
menos, durante esse mês, um pouco de atenção.
fonte: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/08/pela-primeira-vez-equipe-de-refugiados-disputa-olimpiada
fonte: http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/noticias/equipe-olimpica-dos-refugiados-para-os-jogos-rio-2016-e-anunciada-pelo-coi
fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/07/delegacao-de-refugiados-formada-por-atletas-imigrantes-estreia-no-rio.html
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