quinta-feira, 1 de setembro de 2016

ACNUR e prefeitura de Porto Alegre debatem acolhimento de refugiados na América Latina

Nos dias 31 de maio e 1 de junho desse ano, a prefeitura de Porto Alegre e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reuniram na capital gaúcha representantes de cidades de diferentes países para debater experiências positivas de acolhimento e integração de populações deslocadas e solicitantes de asilo.
Curitiba, Quilicura – no Chile – e Desamparados – na Costa Rica – foram algumas das municipalidades que participaram do encontro. A iniciativa dará origem a uma publicação que servirá de modelo para que outras cidades latino-americanas elaborem políticas públicas voltadas para refugiados.
Um dos destaques do evento foi o Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico de Pessoas (COMIRAT) de Porto Alegre. Criada em 2014, a iniciativa é um órgão colegiado com participação do governo, da academia e da sociedade civil que buscar novas políticas públicas, promover convênios e realizar estudos sobre o fenômeno da mobilidade humana.
“Vivemos hoje a maior crise humanitária da nossa era e o Brasil registrou um crescimento no número de pedidos de refúgio”, destacou o oficial de proteção do ACNUR no país, Gabriel Godoy.
Segundo o especialista, Porto Alegre e Curitiba são exemplos de boas práticas no atendimento a refugiados, com programas que envolvem tanto os governos quanto a sociedade civil.
“Porto Alegre está muito feliz com esse encontro. Construir uma ferramenta que possibilite que mais cidades consigam criar esse espaço legítimo de vida é extremamente importante”, comentou a chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Governança Local (SMGL) e uma das representantes da prefeitura no encontro, Claudia Franciosi.
“Aqui as pessoas são humildes, boas e amigáveis. Em outros lugares muitas vezes não temos uma acolhida assim”, observou a afegã Nabila Khazizadah, moradora da capital gaúcha desde 2002. Atualmente, ela trabalha como cuidadora de idosos e vive na cidade com os dois filhos. Em seu relato durante a abertura do evento, a refugiada disse ter nos porto-alegrenses sua nova família.
O encontro em Porto Alegre incluiu também visitas técnicas a entidades da cidade que executam trabalhos para acolhimento de imigrantes e refugiados.

Participantes da reunião posam para foto após plantio de árvore que simboliza soluções duradouras de acolhimento de refugiados e imigrantes.

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